Quem me leva os meus fantasmas...
Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
E eu via que o céu me nascia dos dedos
E a Ursa Maior eram ferros acessos
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos em sonhos gigantes
E a cidade vazia da cor do asfalto
E alguém me pedia que cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas
Quem me salva desta espada
Quem me diz onde é a estrada
Aquele era o tempo em que as sombras se abriam
Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso abraçava venenos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
De que serve ter o mapa se o fim está traçado
De que serve até à vista se o barco está parado
De que serve ter a chave se a porta está aberta
De que servem as palavras se a casa está deserta
Quem me leva os meus fantasmas?
segunda-feira, 17 de março de 2008
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1 comentário:
Isso é que era bom... Vir alguém e resolver tudo!
Pois é, tenho uma coisa para te dizer: Ninguém tos leva! Tens d ser tu a lidar c eles! Todos os dias... até que deixem de ser "fastasmas" e passem a ser só (e já é muito) experiências de vida!
Sabes que mais? Tu consegues ;)
Bjs
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